quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Os Benefícios da Acupuntura

Para a Medicina Tradicional Chinesa, a má distribuição de energia vital é a causa das enfermidades. Assim, a acupuntura estimula alguns dos cerca de mil pontos existentes no corpo para reequilibrar o organismo

Texto: Cristina Almeida / Foto: Fabio Mangabeira / Adaptação: Ana Paula Ferreira

A terapia é indicada para dor em geral: muscular, osteomuscular, cefaleia, dores agudas, entre outras.
Foto: Fabio Mangabeira


Quando um órgão está debilitado, determinados pontos da pele manifestam maior sensibilidade. Observando esse fenômeno, há mais de 3 mil anos, os chineses concluíram que cada órgão possui um correspondente ponto específico que, uma vez estimulado, pode aliviar a dor, prevenir e até tratar doenças. Assim nasceu a acupuntura, uma das mais importantes técnicas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), introduzida no Brasil há mais de 40 anos. Considerada terapia complementar, desde 1995 é também reconhecida como especialidade médica. Em 2006, o Ministério da Saúde incluiu a técnica entre as Práticas Integrativas e Medicinas Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como funciona

Segundo a médica Gislaine Cristina Abe, especialista em acupuntura e responsável pelo ambulatório de Medicina Tradicional Chinesa do Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o mecanismo de ação da terapia ainda não foi totalmente elucidado: “Sabe-se que existe uma relação muito estreita com o sistema nervoso e o movimento da água no organismo”. Já o médico Dirceu de Lavôr Sales, presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), explica que, quando um ponto é estimulado, uma espécie de mensagem é enviada pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro).

Essa ação provoca “a liberação de substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores, desencadeando uma série de efeitos importantes: analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular; além de uma ação moduladora sobre as emoções, os sistemas endócrino e imunológico e várias outras funções orgânicas”.

Como o ponto forte da acupuntura é a prevenção de doenças e ela não tem contraindicação, muitas pessoas se submetem à prática visando apenas ao bem-estar e ao equilíbrio.

Quem pode fazer

Os especialistas garantem que a técnica é indicada para todos, até mesmo para as crianças. “Há uma exceção quanto à técnica com agulhas, pois ela não deve ser usada por pessoas que apresentem alterações na coagulação sanguínea. Doenças crônicas, em fase avançada, também devem ser avaliadas com cuidado no aspecto risco/benefício”, informa a médica Gislaine Abe. A única particularidade é que, de acordo com os fundamentos da MTC, o paciente deve ser avaliado de forma integral: mente e corpo são partes de uma mesma unidade.

Assim, o médico o escutará, perguntará e fará o exame físico, que inclui a verificação de seu pulso (parte fundamental do diagnóstico), bem como sua língua. Exames complementares podem ser solicitados.


Os tipos mais comuns

A Organização Mundial da Saúde incentiva a prática da acupuntura sistêmica. Mas existem técnicas que usam pontos auriculares ou regiões cerebrais, indicada para sequelas de AVC.

Cuidados com as agulhas: As agulhas devem ser descartáveis; a inserção deve ser feita em uma profundidade adequada e compatível com a estrutura do paciente e do local a ser estimulado; a assepsia (limpeza) é imprescindível.

Doenças tratáveis: A terapia é indicada para dor em geral: muscular, osteomuscular, cefaleia, dores agudas, entre outras. Outras moléstias tratáveis são: náuseas e vômitos pós-quimioterapia, dependências químicas, asma, etc.

Riscos mínimos: Surgimento de dor e/ou sangramento. Riscos mais graves são infecções de estruturas externas e quebra de agulhas, mas são raros.

Efeitos colaterais: Se praticada por profissionais rigorosamente treinados, a técnica é segura. Por isso é importante obter informações sobre as credenciais do terapeuta. As complicações da má prática são muitas e variadas: desmaios, perfuração do pulmão, infecção auricular, meningite, encefalite, mastoidite, etc.


Fonte: revistavivasaude.uol.com.br

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Conheça os Benefícios do Alongamento

A ioga e o pilates aliam os benefícios do alongamento a outros ganhos para a saúde. Confira.

Texto: Rita Trevisan/ Foto: Fabio Mangabeira/ Adaptação: Ingrid Tanii

Os exercícios de alongamento feitos no início do dia servem para ativar a musculatura do corpo
Foto: Fabio Mangabeira

Já reparou como gatos e cachorros esticam o corpo todo antes mesmo de dar o primeiro passo, todos os dias, pela manhã? Segundo os especialistas, seria ótimo se os homens pudessem copiar esse bom hábito dos seus melhores amigos. “Quando feitos no início do dia, os exercícios de alongamento servem para ativar a musculatura do corpo, preparando-o para as tarefas que serão realizadas na sequência”, esclarece o neurocirurgião Luiz Pimenta.

Mas não vale investir só no alongamento matinal e passar as outras tantas horas restantes sem dar atenção ao seu corpo. É fundamental levantar-se pelo menos a cada 1h30 se você trabalha sentado. Para quem fica em pé o dia todo, o ideal seria conseguir alguns minutos de repouso, também em um espaço de tempo inferior a duas horas, para sentar-se e até colocar as pernas para cima.

Nessas pequenas pausas, também é interessante levantar os braços para o alto, estender as pernas, girar o pescoço, os punhos, os calcanhares, além de caminhar lentamente e de forma descompromissada pelo corredor. São cuidados simples e que, ao longo dos anos, farão toda a diferença. Atualmente, diversas práticas aliam os benefícios do alongamento a outros ganhos para a saúde física e mental. É o caso da ioga e do pilates, que favorecem o fortalecimento, trabalhando, em paralelo, a flexibilidade muscular.


Fonte: revistavivasaude.uol.com.br

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Dores nas costas: exercícios para prevenir e para quem já tem o problema

O fortalecimento muscular irá evitar complicações na coluna, as atividades de baixo impacto são as mais orientadas

POR BRUNA STUPPIELLO

Os exercícios são aliados importantes para prevenir e para quem já sofre com as dores nas costas decorrentes de problemas na coluna ou de postura. "Tudo irá depender do exercício e de cada problema, porém, diria que de forma geral as atividades físicas são aliadas, pois proporcionam o fortalecimento de determinados grupos musculares e o alongamento de outros, o que irá melhorar a sustentação da coluna, diminuindo assim a sobrecarga em outras estruturas como os discos e ligamentos", explica o ortopedista Alexandre Podgaeti, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coluna.

Porém, é preciso tomar uma série de cuidados antes, durante e depois dos exercícios e escolher a atividade correta para cada situação. Conversamos com um ortopedista, um médico do esporte e uma educadora física e listamos as melhores atividades físicas e quais as precauções necessárias para quem tem dores nas costas. Confira:



Cuidados necessários

Pessoas que tem problemas na coluna precisam consultar um médico ortopedista ou fisiatra antes de iniciar os exercícios. "Eles vão orientar qual tipo de atividade pode ser feita e com qual finalidade. Também é importante a avaliação clínica e cardiológica para prevenir complicações de uma possível doença cardíaca assintomática", explica o ortopedista Alexandre Podgaeti, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coluna.

Quando for praticar o exercício é importante fazer um alongamento geral ou específico para grupos musculares que serão exigidos naquele exercício antes de iniciar a atividade e também após terminá-la.

Durante a atividade fique atento a algumas questões. "Evite o levantamento de objetos com peso superior a 10-15% de seu peso corporal e não abaixe, mas sim agache", diz Podgaeti.

No dia a dia procure manter o peso corporal dentro do ideal, sente-se corretamente, renove o colchão sempre que ele começar a afundar, durma de lado e de preferência com o travesseiro na altura do ombro e, por fim, procure um médico sempre que houver dor intensa ou persistente. Esses cuidados cotidianos são essenciais para não iniciar ou agravar a dor nas costas.


Quem não pode fazer exercícios

Apesar de serem benéficos para quem tem problemas na coluna, para algumas pessoas as atividades físicas podem não ser recomendadas. "Existem pessoas que são sedentárias e começam a ter dores na coluna e neste momento decidem praticar exercícios. Não é uma boa hora para se fazer isso, mas sim de ir ao médico, ser examinado, fazer exames para o diagnóstico e aí receber as recomendações para a prática de atividades físicas", conta Podgaeti.

Há outras situações em que não se recomenda as atividades, como diminuição de força causada por compressão de algum nervo na coluna. Neste caso, pode ser que necessite inclusive de cirurgia, dependendo do caso. Pessoas em tratamento de fratura vertebral ou na presença de tumor que comprometa a estabilidade da coluna também não podem praticar atividades. É importante ressaltar que cada caso deve ser avaliado por um médico, pois eles possuem diferentes restrições.


Treino aeróbico

É preciso tomar cuidado com a escolha dos exercícios aeróbicos. "No geral aqueles que causam maior impacto, como a corrida não são tão bons", constata o médico do esporte Roberto Ranzini.

Desta forma, atividades que normalmente são orientadas são a caminhada, o transport e a bicicleta ergométrica. "Porém, tudo irá depender do problema que a pessoa tem. A bicicleta ergométrica, por exemplo, é ótima, mas se a pessoa tem uma complicação no cóccix, o exercício já passa a não ser recomendado", observa a educadora física Fernanda Andrade.


Exercícios na água

Outas opções de aeróbicos de baixo impacto são os exercícios na água. "Eles são uma alternativa porque aliviam o peso do corpo sobre a coluna", afirma Ranzini.

As melhores alternativas na água são a hidroginástica e a natação. "Vale destacar que para alguns problemas de coluna o nado de peito e o de borboleta não são orientados, o primeiro devido à maneira como a abertura de pernas é feita e o segundo por causa do movimento de subir e abaixar", conta Andrade. Caso a complicação seja na cervical, o nado crau não é indicado, pois o movimento do pescoço pode gerar inflamações.


Exercícios na musculação

A musculação é muito boa para quem tem problemas na coluna. "Ela irá ajudar a fortalecer a musculatura do core, abdômen, quadril e lombar. Essas três musculaturas precisam estar fortes para que a coluna fique bem estável", explica Andrade.

É melhor fazer os exercícios nas máquinas, pois assim irá garantir a melhor execução dos movimentos. "Procure fazer um treino com bastante equilíbrio, nada de exercitar mais um grupo muscular do que outro", conta Andrade. Também é importante tomar cuidado com o aumento de carga, ele precisa ser ainda mais gradativo do que quando a pessoa não tem problemas na coluna.


Exercícios abdominais

Fortalecer o abdômen é essencial para quem tem problemas de coluna. "Caso o esta região esteja fraca a curvatura da coluna fica mais acentuada. Com um abdômen forte há uma barreira que deixa a coluna estável", observa Andrade.

Contudo, há diferentes tipos de abdominais orientados para cada problema. Em algumas situações é recomendado que a amplitude do movimento seja menor, em outros casos a pessoa pode fazer apenas abdominais na região inferior. Por isso, é sempre importante ter a orientação do médico e do educador físico.


Exercícios de equilíbrio

Os exercícios que treinam o equilíbrio são ótimos para a coluna. "Eles melhoram a propriocepção, noção de posição dos membros para o cérebro, o que irá ajudar a pessoa a se posicionar melhor", explica Ranzini.

Além disso, o esforço para se manter equilibrado faz com que a musculatura profunda do corpo, que é responsável pela estabilidade, seja fortalecida. Assim, as articulações, tendões e ligamentos são beneficiados pois ficam próximos dessas musculaturas e as chances de problemas, especialmente na coluna, diminui. Boas alternativas de exercícios de instabilidade são os feitos com a fit ball, aquela bola grande utilizada nas academias e no pilates, e o slack line, esporte que envolve andar e se equilibrar em cima de uma fita apropriada.


Fonte: minhavida.com.br

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Entenda como são feitos os exercícios do treinamento funcional

Além de ajudar a emagrecer, prática melhora a flexibilidade e o condicionamento físico

ESCRITO POR: Givanildo Matias - Educador Físico


Treino funcional
O treinamento funcional é um método de trabalho ainda mais dinâmico que os treinos convencionais. Ele é caracterizado por mesclar diferentes capacidades físicas em um único exercício. Assim, o foco passa de um grupo muscular isolado para todo o corpo - os movimentos trabalham a força muscular, a flexibilidade, o sistema cardiorrespiratório, a coordenação motora e o equilíbrio.

Na academia há diversos aparelhos que trabalham um músculo por vez e, em geral, os praticantes não precisam pensar muito para realizar os exercícios. Mas para fazer o treinamento funcional são usados apenas alguns acessórios e os exercícios apresentam uma complexidade maior. Apesar dos benefícios do treino global, pode haver um risco maior para lesões. O melhor então é contar sempre com a supervisão de um especialista, um profissional de Educação Física.


Quem pode fazer?

Além de fatores como idade e sexo, a prática do treinamento funcional tem muito a ver com o histórico de cada praticante. Pessoas que, ao longo da vida, praticaram diversas modalidades esportivas e atividades físicas, certamente se adaptarão melhor a este tipo de treinamento. Devido à complexidade envolvida, esse método não é um dos mais indicados para as pessoas previamente sedentárias. O ideal para este público é se preparar com exercícios mais simples, como a própria musculação, antes de se submeter ao treinamento.

Como é feito?

Em alguns exercícios, a carga de trabalho é exercida pelo próprio peso do corpo somado ao equilíbrio. No entanto, também pode ser realizado com acessórios e até alguns equipamentos específicos que já existem no mercado. Entre os principais acessórios estão a bola suíça, o cinto de tração, a medicine bol, o bosu, o mini trampolim, a theraband e os cones.

Quais são os benefícios?

Além da tonificação muscular, o treinamento funcional implica numa maior complexidade do movimento e no envolvimento de várias capacidades físicas. Isso faz com que o organismo tenha um gasto energético muito maior, além de trazer grandes contribuições, como a melhora da flexibilidade, o emagrecimento, a otimização da coordenação motora, o ganho de equilíbrio e o condicionamento cardiorrespiratório. Isso tudo além de motivação e da elevada autoestima.

Fonte: minhavida.com.br