quarta-feira, 24 de setembro de 2014

De malas e cadeira de rodas, blogueira embarca para o segundo intercâmbio

Marcelle Souza
Do UOL, em São Paulo


Michele é designer e criou um blog sobre
acessibilidade durante o intercâmbio | Arquivo pessoal
No início de outubro, Michele Simões embarca para o Canadá, onde vai estudar inglês. Além das curiosidades e do frio na barriga comuns aos intercambistas, ela carrega um desafio adicional: vai conhecer uma nova cidade e uma outra cultura a partir dos olhos de quem está na cadeira de rodas.

Essa é a segunda vez que ela viaja para estudar inglês –a primeira experiência foi em Boston, nos Estados Unidos, em 2013— e tudo será registrado no seu blog "Guia do Viajante Cadeirante", criado no ano passado. "O blog nasceu da minha necessidade de saber mais informações sobre intercâmbio para cadeirantes. Então eu comecei a escrever sobre tudo, desde de qual a melhor sonda para usar em uma longa viagem de avião até a acessibilidade dos museus que eu visitava", afirma. "São coisas mínimas, mas que para a gente ajuda muito", diz Michele, que tem 32 anos e é designer de moda.

Assim que o blog entrou no ar, ela começou a receber e-mails de leitores de várias partes do país. "As pessoas entram em contato para dizer que ficaram muito motivadas ao ver a minha experiência, que tinham medo de viajar sozinhas, mas perceberam que é possível".

Michele anda de cadeira de rodas há oito anos, desde que fraturou três vértebras em um acidente de carro.

O melhor destino

Em 2013, Michele teve que percorrer algumas agências até encontrar uma empresa que entendesse que, no caso dela, seria preciso verificar outros aspectos além do curso mais adequado.

"Pensei em ir para São Francisco, mas o deslocamento seria muito difícil, porque a cidade é cheia de morros. Então eu escolhi ir para Boston, porque eu queria poder fazer tudo sozinha, queria independência, e descobri que a cidade é muito acessível", diz.

Foram três meses de estudos, novos amigos e de descobertas. "Fazia oito anos que não saía de casa sozinha. O intercâmbio foi um rompimento na minha vida, lá eu redescobri a força que eu tinha, sou muito mais segura", diz.

A viagem e a repercussão do blog foram tão positivas que ela ganhou, além de seguidores na internet, patrocinadores para uma segunda aventura. Dessa vez, ela vai para Montreal, no Canadá, para estudar inglês por mais 20 dias.

Michele pratica windsurf durante o intercâmbio que fez nos Estados Unidos em 2013 | Arquivo pessoal


Dicas de uma "cadeirante viajante"

Para quem pretende embarcar para fora do país com malas e uma cadeira de rodas, Michele diz que é preciso pesquisar tudo nos mínimos detalhes. O primeiro passo, diz a designer, é encontrar uma agência de intercâmbio que dê suporte e esteja interessada nas suas necessidades.

Depois, aconselha a blogueira, pesquisem juntos qual é a cidade mais adequada, segundo o valor que você pretende investir e as condições da cidade. "É importante investigar se a acomodação e se a escola onde você vai estudar oferecem serviços adequados para a sua necessidade. Muitos lugares dizem que são acessíveis, mas não são", diz. Michele prefere ficar em hotéis, já que seria difícil encontrar casas de família ou moradias estudantis com a infraestrutura adequada.

Para viajar com segurança, ela diz que vale pedir fotos da escola, dos banheiros e do quarto que você deve ficar. Uma boa dica é pesquisar como funciona o transporte público da cidade, como são as calçadas e se os lugares que você pretende visitar têm as condições adequadas de acessibilidade.

Certifique-se também com a companhia aérea se há banheiro acessível e como funciona o embarque da cadeira de rodas. "É preciso fazer uma pesquisa boa, ver qual é o seu principal medo, o que te limita e correr atrás para solucionar isso. Se a cidade é acessível, é só manter a calma. Pode parecer tudo uma super aventura, mas se você estiver bem auxiliado, tudo vai corre bem", afirma Michele.

O embarque para o Canadá está marcado para o dia 4 de outubro, mas na lista de desejos de Michele estão futuras viagens para a Europa e a Austrália. "Eu tento transmitir para as outras pessoas que medo a gente sempre vai ter, mas que uma experiência dessas pode ser libertadora", diz.

Michele Simões, 32, viajou para Boston, nos EUA, e agora vai Montreal, no Canadá | Arquivo pessoal


Fonte: educacao.uol.com.br

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Pilates com bola: controle sua ansiedade



A aula de Pilates com Bola controla picos de ansiedade e depressão ocasionados pelo estresse do dia a dia. Mais do que um exercício físico, é um exercício mental, que tem como objetivo trabalhar a mente associada ao corpo.

Os benefícios do Pilates, associados aos exercícios com a bola, tornam a aula ainda mais divertida e os resultados são rápidos e aparentes, pois, tonifica e define músculos, melhora a flexibilidade e harmoniza as formas do corpo.

No Pilates com a bola, trabalha-se com as camadas mais profundas da musculatura de maneira muito eficaz. A bola permite que a coluna e os glúteos fiquem apoiados, sem interferir na execução ideal dos exercícios, pois é muito comum que os músculos mais fortes "roubem" o direcionamento da força.

Os exercícios são apresentados de forma bem simples, evitando as séries com infinitas repetições. Esse é o aspecto singular do Pilates: as repetições maçantes não existem. Os movimentos são contínuos (em camadas) e o grau de dificuldade é gradativo. Todos esses exercícios requerem muita precisão e concentração. Por isso, exercitam a capacidade de concentração e relaxamento.

A união dos exercícios do Pilates com a bola faz com que essa aula possa ser praticada por pessoas de diferentes níveis de condicionamento, que se recuperam de lesões ou estão em plena forma. Traz benefícios posturais, uma notável melhora no equilíbrio e coordenação, além da satisfação e diversão proporcionadas pela prática.

Experimente!

Fonte: maisequilibrio.com.br